A modernidade nos desafia a criar novas formas de relacionamento para compreender a complexa dimensão humano-natureza. Há algumas questões que precisamos superar para que possamos desfrutar de forma harmônica, da casa comum, o planeta Terra, e, acima de tudo, estabelecer relações mais éticas entre humanos e não humanos para uma convivência que seja minimamente respeitosa.
Desta forma, o ano de 2015 torna-se emblemático, pois é quando se encerra o ciclo dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), e as nações de todo mundo decidirão quais serão os grandes temas a serem estabelecidos para o próximo período, que estão sendo chamados preliminarmente de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Novas propostas para enfrentar os grandes problemas da humanidade.
Ambientalizar, verbo necessário para que possamos internalizar nas estruturas e nos sujeitos, preceitos da preservação ambiental para redução de danos ao ambiente e utilização racional dos recursos naturais. Acessibilizar, verbo que aponta para a necessidade da garantia da eliminação de barreiras para promoção da igualdade de oportunidades entre todas as pessoas.
Sustentabilidade e acessibilidade são pontos centrais na construção de sociedades mais justas e inclusivas e que respeitam os direitos humanos em sua plenitude. São assim, indissociáveis. Os desafios a serem enfrentados no presente passam pela compreensão e implementação articulada e de forma transversal destes conceitos nas práticas sociais e especialmente, nas políticas públicas.
A diversidade humana, especialmente quando falamos dos direitos das pessoas com deficiência, que são mais de 2,5 milhões de gaúchos e gaúchas, é um tema imprescindível neste contexto. Assim, as políticas de sustentabilidade precisam considerá-las no contexto de suas ações efetivas. Portanto, sem acessibilidade não há sustentabilidade no ponto de vista concreto efetivo.
São provocações que, em escala global e local, apontam para novos e necessários cenários, onde a produção de diálogo entre as diferenças, para um futuro que não seja mais do mesmo deve estar como prioridade em todas as agendas!
Esse artido é de autoria de Jorge Amaro de Souza Borges, ele foi publicado no jornal Correio do Povo, no dia 3 de dezembro de 2014, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Borges é biólogo, mestre em educação e coordenador geral do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
0800 646 1515
0800 644 2200
App Banrisul Digital